segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Voltei

Após tanto tempo, voltei.

Engraçado que olhando as msgs antigas, há uma sensação de lembranças. Tanta coisa aconteceu nesse tempo. Vi o blog do meu amigo Frizero e a última foto do pequeno Gustavo. Caramba, como as crianças crescem rápido. Amigo estou ficando velho.

Falando nisso, semana passada, estava esperando o ônibus no ponto final e, no rádio, Roberto Carlos cantava: Eu sou um velho moço, que já sofreu muito... Putz, a música é antiga, mas precisava me arrebentar logo no início do dia?

Fiquei o dia inteiro em crise, faltando quinze dias para o meu aniversário de 4.0 .

É verdade amigos, Roberto Carlos virou filósofo. Acho que deveríamos pensar mais na vida porque a vida de concurseiros que levamos é estudar um ciclo inteiro, fazer prova, ser reprovado, começar tudo de novo, os anos passam e nada, somente renovação de tudo de novo...

Quando vc acorda vê, ooooops, a vida passou e vc não fez nada...

Moral da história: viva e deixe viver, logo, acorde antes que seja tarde...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Ainda há esperança...

Marechal Hermes, hj à tarde - RJ



Leopoldina, hj de tarde - RJ







Um dia para esquecer...

Sabe aqueles dias que vc não deveria ter saído de casa. Pois bem, a última segunda-feira foi um desses dias.
Saí 17:30hs do trabalho, fui comprar um livro e cheguei 18hs no ponto de ônibus, quando vi um partindo, mal eu sabia que aquele seria o último do dia. Passaram os minutos, as horas, e nada de aparecer o ônibus. A minha proteção era apenas um guarda-chuva chinês descartável. De tempos em tempos, a chuva apertava cada vez mais e o único barulho era da água castigando o lombo das pessoas que mantinham a esperança de aparecer a condução que sempre diziam que estava chegando.
Foram 6 horas em pé esperando e nada. A esperança é que depois de meia noite apareceu um ônibus que fazia um itinerário diferente (não passava pela Praça da Bandeira e Maracanã), ia pela Av. Brasil e me deixaria a meio caminho.
Encarei o desafio. O intrépido motorista enfrentava as águas dos pequenos piscinões que estavam recém inaugurados por São Pedro com sua possante máquina (e o pessoal rezando para que o infeliz não afogasse o motor). Mas apesar das agruras, ele conseguiu. Fiquei embaixo de uma marquise com várias pessoas, ratos, e mendigos. Havia um menino de rua com a camisa do Thierry Henry que estava fumando maconha que, de tão tomado pelo entorpecente, com os olhos vermelhos como tocha parecendo soltar labaredas, estava completamente vesgo e não sabia se estava me encarando.
Quando chegava alguma Kombi, vários disputavam lugar invadindo o veículo desesperados, visão do inferno. Fui andando até o local de ponto final de ônibus. Ao menos conseguiria pegar algum “na fonte”. Nada! Somente havia um bar aberto e um sujeito tocando Lulu Santos. Então Lulu dizia que ia para Califórnia, viver a vida sobre as ondas e que seu destino era ser star. Irônico não.
Veio um ônibus... Adivinhem qual? O mesmo que ficamos horas esperando na praça no centro da cidade... Corri mais rápido que Ben Johnson completamente anabolizado. Quem é Bem? Não é do teu tempo? Nem brinque...
Dentro dele, mais histórias tristes. Uma senhora pegou o ônibus para trabalhar às 17 horas e deveria chegar às 19hs. Ficou presa no engarrafamento e chegou no centro uma da madrugada. Voltou, como todos ali.
Cheguei em casa às 4hs, onde acho que não deveria ter saído naquele dia. Ninguém merece esse castigo, nem o pior inimigo...

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Poxa, nem sempre...

(imagem inesquecível publicada no O Globo)




Hj eu fiquei triste. Ontem escrevi que a vida pode nos dar uma nova chance, pois é, nem sempre isso pode ocorrer.


Quando houve o incidente com o responsável do afro-reggae, havia a imagem de um menino chorando tocando violino que me emocionou muito. Semanas atrás soube que estava doente, apendicite. Como sabemos como andam os nossos hospitais, já sabia que a coisa não ia sair muito bem, iria depender muito da misericórdia divina. Da cirurgia veio a infecção generalizada. Fiquei preocupado, agora só com as mãos divinas. Após alguns dias disseram que os remédios começaram a fazer efeito. Será?


Hj veio a triste notícia: o menino teve que nos deixar. Mas o jornal nos trouxe sua história: Teve menigite, sobreviveu, quis aprender violino, conseguiu,...


Sabe de uma coisa, ele pode ter vivido pouco, mas conseguiu deixar nesse pequeno mundo mesquinho que vivemos muito mais lição do que é viver do muitos que estão por aí.


Diego, aprendi a ser mais humano contigo... Obrigado

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A vida pode lhe dar mais uma chance.

Não sei se vcs viram o texto do Pedro Bial em que ele declara o vencedor do BBB10. Sem discutir os méritos do programa, pois há quem o odeie, há quem ame, mas foi uma verdadeira lição. Foi mais ou menos assim: Vc é um perdedor, anuncio o vencedor Marcelo Dourado.

Pois é, o sujeito teve a chance dos seus 15 minutos de fama, jogou fora. Começou a lutar, perdeu todas. Morava na favela, dormia no chão e tinha como bens uma moto e videogame...

Nova chance, perdido e isolado, presa fácil: havia motivos de sobra para mandar para casa o intruso. Mas chamaram a sua atenção e aí se mostrou frágil, o monstro que tem coração, tal como o Quasímodo. Bruto, ogro, passou a ser ídolo da garotada, venceu todos os paredões, sua popularidade só aumentava...

Venceu, mas tinha tudo para perder. Moral da história: a vida sempre dá uma segunda chance!

Ah! Já ia esquecendo: vê se aproveita hein!

segunda-feira, 8 de março de 2010

Oscar

Uma coisa é certa: nem sempre o filme mais emocionante vence a competição do Oscar. Às vezes, calha de acontecer.

Pois bem, quando vi Avatar não esperava muito, a crítica estava feroz, dizia que era Dança com Lobos futurista e por aí vai. Fui ver em 3D na primeira semana, o pessoal ainda não tinha se ligado muito. Confesso que fiquei emocionado quando o herói ficou sozinho no novo mundo. Aí estava o poder do filme: colocar as pessoas em um novo ambiente. A sensação era de mistério, medo, insegurança, deslumbramento.
Mas, depois os olhos se acostumaram ao novo mundo, tudo ficou comum, infelizmente vieram as longas cenas de Dança com Lobos e o filme acabou. Merecia o Oscar? Acredito que não...

Entretanto, teve um filme mais emocionante que eu não dava absolutamente nada: Up. Eu via o trailer ou os cartazes e achava idiota um velho ranzinza que enchia a sua casa de balões e levava a reboque um pirralho chato.

Engraçado que a crítica dizia que o filme levava às lágrimas e há muito tempo queria ver um filme desse tipo (sabe aqueles momentos que vc busca histórias para refletir sobre a própria vida?).

Comecei a ver o filme em Dvd e começou com a história de crianças... Não sei se o início da história se passou em 15 minutos, mas conseguiram reproduzir a vida toda de um casal em míseros 15 minutos. Sabe, uma vida de amor e carinho, compartilhando sonhos até uma idade bem avançada e, ao final, ela teve que se despedir da vida sem viver dois sonhos: o de ter filhos e o da grande aventura.

Engraçado que, em 15 minutos, conseguiram resumir todos os meus sonhos de menino, que, mesmo em uma vida inteira, não foi possível concretizar...

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Quase sacerdócio

Nunca pensei que manter um blog seria tão difícil. Manter um ritmo e principalmente a atenção daqueles que nos fornecem preciosos minutos de suas vidas é tão complicado.

Quando eu era mais jovem como era fácil escrever poemas, letras de música,... Estou ficando preocupado, será que estou perdendo a minha criatividade, será que estou virando mais um na multidão? O que será que está acontecendo com as coisas idiotas que escrevia?

Sim, ninguém com 15 anos pode ser comparado de imediato a um Drumond de Andrade ou a um Mozart, mas como certas coisas eram bem mais fácies.

Infelizmente tudo se perdeu inclusive inocência de que tudo na vida era bom, as pessoas nos amavam com sinceridade e a frase final de todas as histórias: "viveram felizes para sempre".

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Tristezas

A cada dia que passa sempre sobram mágoas, porque, como sempre se diz, "não é possível agradar a tudo e a todos". Então, sempre há um saldo negativo da quase briga de trânsito, do desentendimento com a família, do resultado negativo de uma prova e até da falta da moedinha do troco do ônibus.

Quando nós somos mais jovens isso significa o fim do mundo e, dependendo da versão da guerra que está se travando, pode ser uma guerra medieval de capa e espada, ou batalha de samurais com cabeça rolando ou um clássico chinês, vai no braço mesmo.

Quando nós envelhecemos, apenas desistimos de lutar através do leviano "não tô a fim de brigar , prefiro sair com dignidade" e guardamos as tristezas em um pequeno cofre, tal como um porquinho, e, à noite, derramamos essas moedas no travesseiro.

Será que nada muda? Como sobreviver a isso? Não sei se vou conseguir... São pensamentos que ficam remoendo durante todas as noites como pequenas doses de tortura.

Essa é a doença moderna e, por mais que se avance na tecnologia (sabe aquele celular último modelo que custou uma fortuna que vc comprou 6 meses atrás, hoje está saindo pela metade do preço e, às vezes, vem como brinde...), a ciência não consegue resolver o problema da depressão.

Talvez o remédio esteja dentro de si mesmo, buscar energias não para simplesmente fugir, mas para levantar a cabeça e dizer com orgulho: Eu venci!

(homenagem ao comentário de Angélica de ontem: nem tudo é triste)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

E o ano novo começa!

Enfim, vamos arregaçar as mangas, porque o ano acabou de começar...

Sim, tudo só começa depois do carnaval: o curso de inglês, os projetos mais sérios do trabalho, as reuniões mais importantes.

Claro que há exceções: IMPOSTOS, IPTU, IPVA e por aí vai.

Aliás em março já temos que mandar declaração para o leão. Claro que, se não fizer, lá vem mordida. Insaciável esse rei dos tributos.

(sim, quase 30% do que vc ganha vai direto para um sócio estremamente preguiçoso: não dá saúde, segurança, estradas com pavimento razoável e o pior, arma arapucas em espaços curtos para os motoristas mais apressadinhos).

Sabe de uma coisa? É triste ter comemorado as esperanças do Ano Novo, porém lamento informar que não mudou nada.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Fim do carnaval

Tudo que é bom termina.

Passei uns dias maravilhosos. Não que eu tenha visitado um trio elétrico em Salvador, pulado frevo em Recife, ou ter saído em algum bloco no Rio de Janeiro.

Sinceramente, não quis saber de folia, basta de agitação o ano inteiro. Queria um pouco de paz e aproveitei cada minuto para curtir os curtos passeios, sempre curtindo meus amigos mais queridos e a minha "mozinha".

Pena que nem todos os dias são assim e são esses momentos que sinto saudade.

Isso se chama viver e, não apenas de agito, mas também nos momentos de descontração.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

(Foto de Ailton de Freitas, página 3 do "O Globo" de ontem. Merece todos os créditos, mas também uma crítica, por que não foi foto de capa???)


O espaço aqui não quer viver de passado, mas ontem tive uma alegria muito grande a ver essa foto.



Quem sabe ainda não resta esperança, como nos mostra o rosto desse eleitor?

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Carnaval


(
Arlequim com copo na mão - Picasso 1905)

Esse ano foi diferente.

Minha mãe encontrou fotos de quando era menina de antigos carnavais. Nas fotos aparece o meu falecido avô, com copo de cerveja na mão, aliás, é engraçado, em todas as fotos ele aparecia com o mesmo copo.

O pessoal se divertia, brincava,... Naquele tempo também era difícil, havia pouco dinheiro, a condução era complicada, as ruas não tinham asfalto, mas as pessoas eram sinceramente felizes..., ao menos no carnaval.

Queridos amigos!
Aproveitem, por favor, sem moderação!

Cantiga antiga - o início

O início...

Os autores de livros dizem que o início é sempre difícil.

Talvez seja verdade, mas o que deve ajudar e, isso sim é difícil, é deixar a imaginação correr, tal corre um filme na mente, sem início, começando do meio, muitas vezes sem destino...

Essa é a função deste pequeno espaço, deixar fluir imagens, como lembranças de cantigas antigas, ninguém sabe como começa, nem sabe como termina, mas se lembra com saudade dos momentos que elas nos trazem...

Bjs e abraços a todos.