quarta-feira, 7 de abril de 2010

Ainda há esperança...

Marechal Hermes, hj à tarde - RJ



Leopoldina, hj de tarde - RJ







Um dia para esquecer...

Sabe aqueles dias que vc não deveria ter saído de casa. Pois bem, a última segunda-feira foi um desses dias.
Saí 17:30hs do trabalho, fui comprar um livro e cheguei 18hs no ponto de ônibus, quando vi um partindo, mal eu sabia que aquele seria o último do dia. Passaram os minutos, as horas, e nada de aparecer o ônibus. A minha proteção era apenas um guarda-chuva chinês descartável. De tempos em tempos, a chuva apertava cada vez mais e o único barulho era da água castigando o lombo das pessoas que mantinham a esperança de aparecer a condução que sempre diziam que estava chegando.
Foram 6 horas em pé esperando e nada. A esperança é que depois de meia noite apareceu um ônibus que fazia um itinerário diferente (não passava pela Praça da Bandeira e Maracanã), ia pela Av. Brasil e me deixaria a meio caminho.
Encarei o desafio. O intrépido motorista enfrentava as águas dos pequenos piscinões que estavam recém inaugurados por São Pedro com sua possante máquina (e o pessoal rezando para que o infeliz não afogasse o motor). Mas apesar das agruras, ele conseguiu. Fiquei embaixo de uma marquise com várias pessoas, ratos, e mendigos. Havia um menino de rua com a camisa do Thierry Henry que estava fumando maconha que, de tão tomado pelo entorpecente, com os olhos vermelhos como tocha parecendo soltar labaredas, estava completamente vesgo e não sabia se estava me encarando.
Quando chegava alguma Kombi, vários disputavam lugar invadindo o veículo desesperados, visão do inferno. Fui andando até o local de ponto final de ônibus. Ao menos conseguiria pegar algum “na fonte”. Nada! Somente havia um bar aberto e um sujeito tocando Lulu Santos. Então Lulu dizia que ia para Califórnia, viver a vida sobre as ondas e que seu destino era ser star. Irônico não.
Veio um ônibus... Adivinhem qual? O mesmo que ficamos horas esperando na praça no centro da cidade... Corri mais rápido que Ben Johnson completamente anabolizado. Quem é Bem? Não é do teu tempo? Nem brinque...
Dentro dele, mais histórias tristes. Uma senhora pegou o ônibus para trabalhar às 17 horas e deveria chegar às 19hs. Ficou presa no engarrafamento e chegou no centro uma da madrugada. Voltou, como todos ali.
Cheguei em casa às 4hs, onde acho que não deveria ter saído naquele dia. Ninguém merece esse castigo, nem o pior inimigo...

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Poxa, nem sempre...

(imagem inesquecível publicada no O Globo)




Hj eu fiquei triste. Ontem escrevi que a vida pode nos dar uma nova chance, pois é, nem sempre isso pode ocorrer.


Quando houve o incidente com o responsável do afro-reggae, havia a imagem de um menino chorando tocando violino que me emocionou muito. Semanas atrás soube que estava doente, apendicite. Como sabemos como andam os nossos hospitais, já sabia que a coisa não ia sair muito bem, iria depender muito da misericórdia divina. Da cirurgia veio a infecção generalizada. Fiquei preocupado, agora só com as mãos divinas. Após alguns dias disseram que os remédios começaram a fazer efeito. Será?


Hj veio a triste notícia: o menino teve que nos deixar. Mas o jornal nos trouxe sua história: Teve menigite, sobreviveu, quis aprender violino, conseguiu,...


Sabe de uma coisa, ele pode ter vivido pouco, mas conseguiu deixar nesse pequeno mundo mesquinho que vivemos muito mais lição do que é viver do muitos que estão por aí.


Diego, aprendi a ser mais humano contigo... Obrigado

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A vida pode lhe dar mais uma chance.

Não sei se vcs viram o texto do Pedro Bial em que ele declara o vencedor do BBB10. Sem discutir os méritos do programa, pois há quem o odeie, há quem ame, mas foi uma verdadeira lição. Foi mais ou menos assim: Vc é um perdedor, anuncio o vencedor Marcelo Dourado.

Pois é, o sujeito teve a chance dos seus 15 minutos de fama, jogou fora. Começou a lutar, perdeu todas. Morava na favela, dormia no chão e tinha como bens uma moto e videogame...

Nova chance, perdido e isolado, presa fácil: havia motivos de sobra para mandar para casa o intruso. Mas chamaram a sua atenção e aí se mostrou frágil, o monstro que tem coração, tal como o Quasímodo. Bruto, ogro, passou a ser ídolo da garotada, venceu todos os paredões, sua popularidade só aumentava...

Venceu, mas tinha tudo para perder. Moral da história: a vida sempre dá uma segunda chance!

Ah! Já ia esquecendo: vê se aproveita hein!