segunda-feira, 8 de março de 2010

Oscar

Uma coisa é certa: nem sempre o filme mais emocionante vence a competição do Oscar. Às vezes, calha de acontecer.

Pois bem, quando vi Avatar não esperava muito, a crítica estava feroz, dizia que era Dança com Lobos futurista e por aí vai. Fui ver em 3D na primeira semana, o pessoal ainda não tinha se ligado muito. Confesso que fiquei emocionado quando o herói ficou sozinho no novo mundo. Aí estava o poder do filme: colocar as pessoas em um novo ambiente. A sensação era de mistério, medo, insegurança, deslumbramento.
Mas, depois os olhos se acostumaram ao novo mundo, tudo ficou comum, infelizmente vieram as longas cenas de Dança com Lobos e o filme acabou. Merecia o Oscar? Acredito que não...

Entretanto, teve um filme mais emocionante que eu não dava absolutamente nada: Up. Eu via o trailer ou os cartazes e achava idiota um velho ranzinza que enchia a sua casa de balões e levava a reboque um pirralho chato.

Engraçado que a crítica dizia que o filme levava às lágrimas e há muito tempo queria ver um filme desse tipo (sabe aqueles momentos que vc busca histórias para refletir sobre a própria vida?).

Comecei a ver o filme em Dvd e começou com a história de crianças... Não sei se o início da história se passou em 15 minutos, mas conseguiram reproduzir a vida toda de um casal em míseros 15 minutos. Sabe, uma vida de amor e carinho, compartilhando sonhos até uma idade bem avançada e, ao final, ela teve que se despedir da vida sem viver dois sonhos: o de ter filhos e o da grande aventura.

Engraçado que, em 15 minutos, conseguiram resumir todos os meus sonhos de menino, que, mesmo em uma vida inteira, não foi possível concretizar...